Nasceu em 23 de Maio de 1924 em Vila do Conde, possuía a 4ª classe, tendo sido seu professor o Sr. Ezequiel Minhavas.
Aos 12 anos começa o seu “estágio” nos Tribunais como copista. Aos 19, concorre para funcionário da então Caixa de Previdência no Porto, aí trabalhando durante 3 anos. Concorreu então a um lugar no Tribunal da Póvoa de Varzim, regressando aquilo que sempre gostou de fazer – trabalhar nos tribunais.
Exerceu as funções de oficial da justiça desde 06-01-1947 até 06-01-1989, altura em que se reformou como Técnico de Justiça Principal.Albino Ferreira esteve desde muito jovem ligado aos movimentos associativos, desportivos, recreativos e culturais. Nos finais dos anos 30/40 começa a pertencer à Acção Católica ao tempo do Sr. Padre Carlos Vaz e à JOC onde se notabilizou na dinamização do Grupo cénico.
Na mesma altura no Círculo Católico sob a direcção artística do Pai de José Régio, participa activamente no Grupo de Teatro no qual pontificavam os Srs. Álvaro Morais, Adroaldo Azevedo, Augusto Macedo e outros.
Foi atleta do Clube Fluvial Vilacondense desde os 15 anos participando em provas oficiais. Da tripulação do escaler faziam parte também João Pontes, Jerónimo Vasques, António Baptista e como timoneiro António Guimarães.
Foi dirigente do Círculo Católico d’Operários, e dos Bombeiros Voluntários de Vila do Conde nos cargos de tesoureiro e secretário, sendo relevante nesses mandatos a compra do terreno onde foi o quartel/sede, e da 1ª ambulância, colaborou activamente nas obras do Centro Paroquial “Padre Porfírio Alves”, fez parte da primeira Comissão de Festas de São João e dos órgãos sociais da Santa Casa da Misericórdia, não esquecendo a sua dedicação na confecção dos tapetes de flores para a Procissão do Corpo de Deus.
No Rancho da Praça, pela sua entrega sem limites, Albino Ferreira dedicou a grande parte da sua vida. Fez parte de vários elencos directivos, desde vogal até Presidente da Direcção e mesmo Presidente da Assembleia Geral.
Albino Ferreira destacou-se nos anos 50 e 60 na organização das digressões a França e a Espanha. Assumiu a Presidência do Rancho da Praça quando Adroaldo Azevedo fica enfermo em 1968.
Em 1973 é Albino Ferreira na qualidade de Presidente da Direcção do Rancho da Praça que chefia a comitiva que se desloca ao Ferrol aquando da Geminação com Vila do Conde.
Quando faleceu, era o sócio nº 1 do Rancho da Praça, o nº 20 do Círculo Católico, o nº 31 do Rio Ave o nº 35 dos Bombeiros e o nº 105 do Clube Fluvial Vilacondense.
Sem qualquer favor, podemos dizer que Albino Ferreira foi um homem que se deu com toda a gente. O seu funeral em 26 de Novembro de 1997 foi uma enorme e sentida manifestação de pesar em Vila do Conde, deslocando-se do Ferrol uma delegação de alto nível do Real Coro Toxos e Froles de que faziam parte o seu Presidente, Secretário e os dois coristas mais antigos Cebral e Miguel, e ainda o seu grande amigo D. Ricardo Nores Castro (filho) a quem ele considerava como irmão.
